Mais cinco nomes da nova safra de cantoras jazz que prometem fazer furor no género.
ERIN BOHEME
Com apenas 22 anos e dois álbuns lançados, Erin Boheme, norte-americana de Oshkosh, Wisconsin, tem como principal característica da sua música a mistura de diversas gerações de jazzistas. Costuma fazer com certa facilidade um mix entre o jazz old school – swingado e cheio de soul – e uma pop controlada, produzindo canções que parecem conseguir encontrar novos rumos para o jazz, mas que no entanto continuam intemporais.
O seu álbum de estreia "What Love Is", é uma dedicatória ao seu ídolo Frank Sinatra: “Anything" foi a primeira música composta por Erin quando tinha 15 anos; “Give Me One Reason”, é uma óptima versão para o clássico de Tracy Chapman; e “One Night With Frank”, conta uma divertida noite – fictícia, é claro – com Frank Sinatra.
SOPHIE MILMAN
De origem russa, Sophie Milman morou durante toda a infância e adolescência em Israel e depois mudou-se para Toronto, no Canadá, onde mora até hoje. Ao que parece, todos esses lugares, tão diferentes entre si, contribuíram para que a musica de Sophie tivesse um som bastante universal. O seu auto-intitulado álbum de estréia foi lançado em 12 de outubro de 2004, no Canadá pela Linus, e em 2006 no Estados Unidos pelo selo Koch.
Com uma carreira já estabelecida em terras canadenses, Sophie começou a destacar-se na cena internacional com o seu álbum de 2009 “Take Love Easy”.
Venceu em 2008 um Juno na categoria de Vocal Jazz Album of the Year por Make Someone Happy.
A destacar entre as suas musicas “Take Love Easy”, faixa com o mesmo nome do seu trabalho de 2009, que tem um ar totalmente old; “Água de Beber”, uma versão bastante original para a música de Tom Jobim e Vinícius de Moraes; e “Eli, Eli”, poema judaico brilhantemente musicado.
SARA GAZAREK
Dona de uma voz marcante, a americana de Seattle começou a sua carreira em 2005 com o álbum “Yours”, que teve críticas bastante favoráveis e chegou ao Top Ten da Billboard na categoria de Tradicional Jazz. Em comparação, os seus últimos trabalhos possuem já uma pegada mais contemporânea se comparados com o disco de estreia. Ela e a sua banda são conhecidos pelos constantes improvisos em palco.
Sara foi considerada pela LA times "the next important jazz singer".
A escutar com atenção “Leaving on a Jet Plane”, que tem um baixo e bateria bastante evidentes; a semi-acústica “The Luckiest”; e a swingada “Makes Me Feel That Way”.
DIANE BIRCH
Diane Birch poderia ter seguido a carreira de modelo, mas resolveu enveredar pelo mundo da música ainda muito nova, quando aos sete anos começou a estudar piano clássico. Hoje, aos 27, é praticamente uma nómada, pois já morou no Zimbabwe, na África do Sul, Londres e atualmente vive em Nova York. Toda essa diversidade tem sugestivos reflexos na sua musica, que é mais eclética e aberta a experimentações fora do jazz tradicional, do que outras cantoras da sua geração.
Seu álbum de estreia, “Bible Belt”, foi lançado em 2009, e em dezembro de 2010 lançou um EP de covers intitulado "The Velvetten age", acompanhada pela The Phenomenal Hand Clap Band.
As canções variam na sua matéria, “Fools”, que fala da época em que ela viveu em Los Angeles; “Valentino”, que se refere a seu amigo imaginário na infância e mostra bem o poder de sua voz; e a emocional “Fire Scape”.
HOPE WAITS
Totalmente inspirada nas músicas dos anos 40 e 50, com uma clima meio cabaret e sensual, assim é Hope Waits. Com uma voz que em muitas músicas faz recordar a já consagrada Norah Jones, Hope destaca-se em seu primeiro álbum homónimo principalmente pelas composições e releituras que faz, sempre trabalhando o lado menos óbvio do jazz e do blues.
Musicas a não descuidar: “Yesterdays”, música de Billie Holiday transformada no mais puro jazz de New Orleans; “The Ballad of Judith Anne”, feita em homenagem a sua mãe, que foi assassinada; e “Come Rain or Shine”, que facilmente poderia ter sido gravada por Fiona Apple.
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