O trompete foi com o piano o primeiro grande instrumento do jazz, já que o saxofone só nos fins dos anos 20, princípios dos 30 se tornou notado.
O trompetista que mais documentação nos deixou dos primórdios do jazz foi King Oliver, o "rei" do New Orleans, com uma sonoridade brilhante, construía melodias sobre ritmos sincopados e frases de inolvidável imaginação. Construiu as raízes dessa estética que se formava então.
Depois Louis Armstrong, a figura mais carismática de todo o jazz, não só pela sua polivalência (cinema, shows, TV), mas porque "The Satchmo" impôs-se como o maior trompetista de sempre, e com Duke Ellington e Miles Davis, foi o maior expoente de todo o jazz. Todo o trompetista terá de observar Armstrong como numa religião se cumprem os sacramentos religiosos.
Sidney Bechet celebrizou-se no contexto das improvisações colectivas onde exibia rara virtuosidade, chama vibrante de cores, sendo dos exemplos mais notáveis da integração dos som individual na massa sonora orquestral.
Bix Beiderbecke possuía uma técnica clássica admirável. Se Armstrong aproveitava qualquer melodia, Beiderbecke estava mais preocupado com o contexto harmónico em que se desenvolvia a composição. Se Louis era hot, Bix era cool.
Rex stewart no swing deixou-nos páginas admiráveis de delirante imaginação. O seu som estrangulado, sensualmente penetrante estava voltado para a grandiosidade selvagem e primitiva da arte negra.
Henry Red Allen, músico de execução vertiginosa, de temas vigorosos que atingem grande lirismo, e considerado o grande rival de Armstrong nesta altura.
No jazz moderno aparece Dizzie Gillespie, o Armstrong do jazz moderno: a mesma veia humoristica, ambos trompetistas, ambos cantores prodigiosos, ambos showmen divinizados. Mas com décadas a separar o aparecimento de um e de outro, Gillespie surge como a clivagem relativamente á musica de Armstrong. Foi o trompete de Gillespie a revolucionar o trompete armstronguiano, porque Dizzie é figura icónica do bebop.
Miles Davis, o ponta de lança do cool. Tons sombrios, cores impressionistas, swing introvertido, nenhum como Miles soube traduzir a estética do jazz. Embora a sua música não fosse tão acessivel como a de Gillespie, Miles foi no periodo do cool o musico mais admirado do jazz.
Quem abriu lugar á entrada do funky no jazz, foi Clifford Brown. Com um controlo admirável e cool das sonoridades extraídas do trompete, Clifford legou páginas imortais do jazz, tendo falecido precocemente em desastre de automóvel.
Nat Adderley, foi um musico da craveira do seu irmão Cannonball, e teve função tão importante para os trompetistas como aquele para os sax alto.
Chet Baker improvisava com sentimento. Valorizava as frases melódicas com notas longas e encorpadas, o que lhe valeu o rótulo de cool.
No jazz actual e ainda em actividade temos Donald Byrd, desprezado pelos puristas do jazz e adorado pelos fãs do jazz-funk que o consideram um dos músicos mais inovadores deste estilo, é um estilista sólido com um tom limpo, articulação clara, e um particular dom para melodia.
Wynton Marsalis é considerado um dos maiores virtuosos do trompete actual. Conecido pela sua sua sisudez e seriedade, músico polêmico, é considerado "embaixador da música americana" pelo seu profundo respeito e divulgação das tradições musicais.
Finalmente Arturo Sandoval, o trompetista cubano, conhecido pela sua criatividade no improviso, pela agilidade e rapidez, e que tem uma enorme facilidade nas notas agudas.
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