ainda o contrabaixo...

O contrabaixo tem um papel importantíssimo no estabelecimento do swing da música, tanto quanto a bateria. A sua contribuição no desenvolvimento da musica nota-se na maleabilidade, na elasticidade rítmica que caracteriza o swing.
 Diz o contrabaixista Ron Carter numa entrevista a um website de jazz: "...se o baixista souber como comandar, só na percepção das pessoas é que ele se encontra lá no fundo. A música toma a direção que o bom baixista estipula. E isso é que é realmente importante”.
 Mais quatro expoentes:

 CHARLIE HADEN
Estilos: Free jazz e fusion Artistas relacionados: Carla Bley, Egberto Gismonti, Keith Jarrett, Ornette Coleman e Pat Metheny

 Haden é um dos contrabaixistas de mais nome e mais requisitados do jazz actual, principalmente na cena mais experimental e menos mainstream. É uma personalidade musical complexa: um músico muito associado à vanguarda jazzística, porém é inegável que possui um lado lírico e até mesmo tradicional.
 Ao 20 anos, começou a tocar com músicos de vanguarda em Los Angeles. Tocou com Ornette Coleman nos primeiros e revolucionários trabalhos deste, em 1960, tendo participado, inclusive, no histórico álbum Free Jazz. Nos anos 70, tocou com a Liberation Music Orchestra, criada e dirigida por ele, contando com a presença da pianista Carla Bley, e tocou também com Keith Jarrett.
Dirigiu também seu próprio quarteto, o Quartet West. Além de gravar bastante como líder, Haden também participou em inúmeros discos de outros músicos, nomeadamente Pat Metheny, Egberto Gismonti e Jack DeJohnette.
 Haden é um músico intimista, sem nada de espalhafatoso, que fornece sempre uma base harmónica sólida para os outros músicos que estão ao seu lado. É conhecido por extrair do contrabaixo um som mais limpo do que cheio.

  JACO PASTORIUS
Estilos: Fusion Artistas relacionados: Herbie Hancock, Pat Metheny, Wayne Shorter e Weather Report
 Jaco Pastorius foi o maior revolucionário do instrumento e um dos músicos mais ousados e criativos, seja do jazz, do funk ou do rock.
Dono de uma velocidade incrível e de uma sonoridade inigualável, compunha misturando estilos e timbres exóticos, o que o tornou um dos mais influentes e inovadores compositores do jazz-fusion.
Foi Pastorius quem inventou o baixo freetless, quando arrancou os trastes do seu baixo electrico, ampliando as possibilidades e inovando técnicamente. Segundo um critico: "Trouxe maturidade ao instrumento."
Embora fosse maniaco-depressivo e tivesse um comportamento exagerado e excêntrico, Jaco Pastorius foi o mais ilustre baixista de todos os tempos.
 
JOHN PATITUCCI
Estilos: Fusion Artistas relacionados: Art Blakey, Charlie Haden, Chick Corea, Dave Holland, Jaco Pastorius, Ron Carter, Stan Getz, Wayne Shorter e Wes Montgomery.
 É um dos contrabaixistas mais admirados da nova geração. Patitucci é um virtuoso indiscutível do contrabaixo, tanto na versão acústica como na versão elétrica de seis cordas. São notáveis a sua velocidade, a nitidez que transmite no seu fraseado e a agilidade da sua mão esquerda, descrevendo com aparente facilidade saltos e figuras complexas no plano melódico e rítmico.
É censurado por alguns críticos por supostas exibições um tanto gratuitas de virtuosismo, mas, e no caso de isso ser verdade, é algo plenamente compensado pelo material musicalmente denso e de bom gosto que Patitucci tem gravado ao longo dos anos.

  RON CARTER
Estilos: fusion e hard-bop Artistas relacionados: Chet Baker, Dexter Gordon, George Benson, Gil Evans, Herbie Hancock, McCoy Tyner, Miles Davis, Sonny Rollins, Thelonious Monk, Wayne Shorter e Wes Montgomery.
Segundo os sites da Blue note Ron Carter, figura em mais de três mil gravações como sideman, e gravou mais de cinquenta álbuns como líder.
 Dono de uma vasta cultura musical, o versátil Carter trabalhou dentro de variados estilos musicais: jazz-rock, experiências em música erudita de câmara, jazz mainstream, música de influência brasileira, etc.
Em todos esses géneros, e com as mais diversas formações, Carter consegue sempre imprimir a sua marca: som encorpado, timbre rico, afinação perfeita, improvisos bem desenvolvidos, swing impecável. Frequentemente troca o contrabaixo convencional pelo contrabaixo piccolo, que toca com a mesma técnica impecável.
Outro aspecto interessante é que, quando toca como líder, Carter por vezes recruta outro contrabaixista para fornecer uma base rítmica sólida permitindo-lhe lançar-se em solos mais aventureiros.
 Graduado, mestre e doutor em música, Carter também tem uma sólida carreira como professor, educador e regente. É actualmente Distinguished Professor of Music no City College of New York.