segunda-feira, 5 de março de 2012

Standards do Jazz: AUTUMN LEAVES (LES FEUILLES MORTES)

É uma das canções mais tocadas no Jazz. Originalmente, uma canção francesa de 1945, com música de Joseph Kosma numa poesia de Jacques Prévert, é uma das musicas mais apreciadas por músicos iniciados, muito devido à sua progressão de acordes típica do jazz.
Foi o cantor françês Yves Montand o primeiro a tornar reconhecida a composição no filme de 1946, Les Portes De La Nuit, um drama sombrio na Paris pós-Segunda Guerra Mundial. Embora o filme tenha sido um desastre comercial, saiu-se muito melhor anos mais tarde quando foi lançado nos Estados Unidos sob o nome de Gates of the Night.
Foi uma melodia que levou alguns anos a pegar, mas em 1957 teve, de rompante, três gravações excelentes, e logo pelos grande "monstros" do jazz: Coleman Hawkins , Dizzy Gillespie e Duke Ellington. Mas no meio jazzistico talvez a versão mais conhecida, e que mais tem inspirado as várias gerações de músicos, seja a de Cannonball Adderley no álbum de 1958, Something Else . Os arranjos, geralmente, creditados a Miles Davis, que tem aqui um solo de trompete fabuloso, são hoje co-atribuídos a Ahmad Jamal.
No ano seguinte Bill Evans, fez uma versão com um dos seus fabulosos trios, neste caso com o baixista Scott LaFaro e com Paul Motian na bateria. Incluida no álbum Portrait in Jazz, é uma musica essencial para perceber a interacção existente entre os três músicos. Outras gravações excelentes e importantes na historia do Jazz são tambem as de Sarah Vaughan no álbum Crazy and Mixed Up, onde a diva demonstra que não perdeu nenhuma das suas qualidades de fazer scat; a do trio de Bobby Timmons,  com o baixista Ron Carter e o baterista Albert “Tootie” Heath, uma versão muito "bluesy", evidenciada no álbum de 1961, The Bobby Timmons Trio in Person: Recorded Live at the Village Vanguard; a versão de Wynton Marsalis em 1986, onde é digno de registar as inovações ritmicas, principalmente da bateria de Jeff “Tain” Watts; e a versão fascinante da cantora-compositora Patricia Barber, remodelação quase total da musica.

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