segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A musica de Sarah Vaughan.

Sarah Vaughan e Ella Fitzgerald foram as duas maiores estrelas do jazz vocal feminino do seu tempo, mas porque Sarah não teve uma tão boa gestão de carreira ou publicitários, Ella teve mais luz brilhando sobre si. O que não diminui a popularidade de Sarah ou o seu talento. A extraordinária virtuosidade de Sarah e a vasta gama de recursos vocais foram moldados por uma enorme variedade de influências musicais: aos sete anos começou a sua formal educação musical inspirada pela sua mãe, Ada, que cantava na Igreja Baptista de Newark, em New Jersey, cidade onde Sarah nasceu; em casa seu pai Asbury, passava inúmeras horas tocando piano e ouvindo discos. Pouco depois, Sarah começou a cantar Gospel e Espirituais no coro da igreja com sua mãe, antes de entrar para as afamadas East Side Music, e mais tarde para a Arts High School. Aos 16 anos entrou num show amador, no Teatro Apollo, em New York, que venceu, estando Billy Eckstine na plateia, que a recomendou a Earl "Fatha" Hines. Sendo contratada como segunda cantora, Eckstine era a voz principal, Sarah teve como companheiros na famosa banda de Earl, entre outros, Dizzy Gillespie, Fats Navarro, Roy Eldridge, Charlie Parker e Gene Ammons. Sarah foi dos primeiros cantores a explorar as liberdades revolucionárias do estilo bop, e a incorporar o fraseio do bebop: suas performances nocturnas com os admiráveis músicos com que cantou, ensinou-lhe tempo, técnica e carisma. O seu incrível, impressionante e natural talento, combinado com o amor pela sua profissão, rendeu-lhe elogios por todo o mundo. Ao longo dos anos, Sarah foi alargando e enriquecido as suas influências iniciais. Seu repertório e a sua entrega abraçava todo o tipo de música: gospel, jazz, clássica e pop. Adorava a grande distinção de ser considerada uma incomparável performer jazz com o alcance e a capacidade de uma cantora de ópera. E na verdade, Sarah estava igualmente em casa quer com um trio de jazz, que com uma orquestra sinfônica. Os seus coros de scat tinham uma precisão tal, que os subsequentes solos instrumentais tornavam-se envergonhados, isso valeu-lhe o apelido "Sassy", pela singular interpretação especial das notas individuais e pelo fraseado. "The Divine One", outro nome usado para descrever Sarah Vaughan, foi usado pela primeira vez por um famoso apresentador, que reconheceu o seu talento unico antes da aclamação popular: ouvindo-a cantar na Blue Note de Chicago correu a espalhar a noticia á sua audiênçia de rádio e TV. Sarah continuou a ter esse tipo de impacto ao longo dos anos, e poucos podem igualar a sua imaginação e humor no desempenho da arte vocal. Possuía uma rara combinação de tom belamente controlado e vibrato - tinha um admirável ouvido para a estrutura de acordes de canções, o que lhe permitia alterar ou flexionar a melodia como um instrumentista. Uma artista excepcional: Sarah Vaughan será sempre a minha cantora preferida.

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