Para muitos, Miles Davis foi o mais genial de todos os musicos Jazz. E é bem possivel que Miles mereça esse titulo, por tudo o que representou, e por todas as mudanças que trouxe para o Jazz.
Foi Miles Davis que criou o Cool nos anos 50, com esse emblemático "Birth of the Cool", lançado ainda em 1948, pela Blue Note, um álbum tranquilo, de canções elegantes e por vezes melancólicas; intrincadas mas ao mesmo tempo pop. Um álbum onde prevalece o clima de introspecção, que caracterizaria este género. Criou o jazz-fusion no inicio dos anos 70, quando lançou "Bitches Brew", o álbum de Jazz mais vendido de sempre, e talvez o mais revolucionário da história, e foi ainda Miles quem deu o primeiro "pontapé" para o aparecimento do acid-jazz na década de 80.
Era um solista, lírico e original e um líder de grupo bastante exigente: sempre acompanhado pelo seu trompete e rodeado de excelentes executantes, foi por certo o mais consistente e inventivo musico no jazz a partir dos anos quarenta até à década de setenta.
As suas apresentações ao vivo e sessões de gravação com o seu ídolo, Charlie Parker, entre 1945 e 48, são míticas; assim como a sua aparição no Newport Jazz Festival, em 1955, após alguns anos de ausência devido ao consumo de heroína, e em que as suas improvisações sensacionais lhe trouxeram ampla publicidade e compromissos suficientes para estabelecer um quinteto com Red Garland, Paul Chambers, Philly Joe Jones e John Coltrane, mais tarde substituido por Rollins.
Em 1957 Davis fez a primeira de várias gravações a solo, notáveis, no trompete, de orquestrações incomuns para o jazz, com arranjos de Gil Evans. Dos seus vários sextetos e quintetos fizeram parte músicos da envergadura de Cannonball Adderley, Red Garland, Bill Evans e Wynton Kelly; os bateristas Philly Joe Jones e Jimmy Cobb. Tocaram ainda com Davis, Herbie Hancock, Ron Carter, Tony Williams e Sonny Stitt, Jimmy Heath, Hank Mobley, Coleman George, Sam Rivers. E Wayne Shorter.
Nos finais dos anos 60 e início dos anos 70, outros e influentes músicos juntaram-se a ele, Chick Corea, Joe Zawinul, Keith Jarrett, John McLaughlin, Dave Holland, Jack DeJohnette, Bill Cobham, Al Foster, Airto Moreira, criando novos sons, misturando as formas e técnicas do jazz com os instrumentos eléctricos do rock, forçando o aparecimento do jazz-fusion.
Na década de 80, Miles Davis, foi descrito como uma "lenda viva", um título que detestava porque ia contra a sua inclinação de ser associado a uma nova e popular música, jovem e energética. O trompete de Miles silenciou-se em 28 de Setembro de 1991, morreu de pneumonia, insuficiência respiratória, e um acidente vascular cerebral. De personalidade díficil, muitas vezes contraditória, foi sem dúvida o grande revolucionário das linguagens do Jazz.
Descrever Miles Davis seria sempre um texto muito extenso, fica pois uma lista de Websites onde se pode procurar tudo sobre a sua vida e a sua obra.
Sons of Miles: musicos influenciados por ele
http://www.milesdavis.com/pt/home
Miles Ahead
The sound of Miles Davis
http://www.miles-beyond.com/
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