Disco gravado no inicio de 1960, que é por sinal o marco oficial da viragem que o jazz iria sofrer nos anos sessenta, com o Jazz modal. É um disco considerado pelos criticos, como fundamental para a história do Jazz.
Melódica, harmónica e ritmicamente é sinónimo de perfeição no Jazz. A improvizacão e os diálogos têm aqui um significado lógico e de imanente substãnçia melódica, advinda do continente negro, da civilização muçulmana, das culturas africanas.
A faixa com o título do album é uma versão de My Favorite Things do musical The Sound of Musica, da dupla Rodgers/Hammerstein. No documentário, O Mundo Segundo John Coltrane, o narrador Ed Wheeler observa: "Em 1960, Coltrane deixou Miles Davis e formou o seu próprio quarteto para explorar direcções ainda mais livres, juntamente com uma crescente influência indiana. Transformaram My Favorite things, a canção alegre e populista de The Sound of Music, numa dança oriental hipnótica dervixe.".
O clássico "Summertime" é a demonstração do famoso "sheets of sound", o novo estilo desenvolvido por Coltrane - estilo de improvização muito particular constítuido por um fraseado denso e uma escalada de notas em rápida sucessão -, em oposição à melancolia e lirismo de Miles no seu "Summertime", do álbum de 1958, "Porgy and Bess".
É o primeiro registo de John Coltrane para a Atlantic Records, e o primeiro em que entra em cena o famoso quarteto com McCoy Tyner no piano, Elvin Jones na bateria e Steve Davis no contrabaixo
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Musicas
My Favorite Things (Richard Rodgers) - 13:41, Everytime We Say Goodbye (Cole Porter) - 5:39, Summertime (George Gershwin) - 11:31, But Not For Me (George Gershwin) - 9:35
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